2 de setembro de 2011

Seneca


Filósofo romano
?/?/4 a.C., Córdoba, na época pertencente ao Império Romano
?/?/65 d.C., Roma



[creditofoto]
Seneca foi conselheiro e preceptor do imperador Nero
"Há pessoas que não param de se atormentar com lembranças das coisas passadas; outras se afligem pelos males que virão. É tudo absurdo, pois o que já aconteceu não nos afeta e o futuro ainda não nos toca... Devemos contar cada dia como uma vida separada."

Essas palavras de Sêneca demonstram a confiança na razão como guia para o comportamento moral - tão característica da filosofia estóica. As obras de Sêneca tiveram grande influência na filosofia e na literatura posterior.

Lucius Annaeus Seneca era filho de um grande orador - Annaeus Seneca, o Velho - e foi educado em Roma, onde estudou retórica e filosofia. Tornou-se famoso como advogado. Foi membro do senado romano e posteriormente nomeado questor, magistrado da justiça criminal.

Sêneca despertou a inveja do imperador Calígula, que tentou assassiná-lo. Em 41 d.C., envolveu-se num processo por suas relações com Julia Livila, uma sobrinha do imperador Cláudio. Acusado de adultério, foi exilado e partiu para a Córsega, onde viveu até 49 d.C.

Durante esse período, escreveu suas famosas "consolações", textos dirigidos a um interlocutor com o propósito de confortar. Na "Consolação a Márcia", dirige-se a uma mulher que acabou de perder um filho, tecendo considerações sobre a inconstância da sorte e a fragilidade da vida humana. Em "Consolação a Hélvia", dirige-se à própria mãe, consolando-a pelo sofrimento de ver seu filho no exílio.

Em 49 d.C., Messalina foi condenada à morte. O imperador Cláudio casou-se com Agripina, que convidou Sêneca para assumir a educação de seu filho Nero.

Nero tornou-se imperador em 54 d.C. e Sêneca assumiu as funções de conselheiro até 62 d.C. Em Roma, Sêneca redigiu dois de seus tratados, "Sobre a Brevidade da Vida" e "Sobre o ócio".

Afastado da vida pública, sofreu perseguição do imperador Nero. Foi acusado de participar da Conspiração de Piso, que teria planejado o assassinato de Nero, e condenado ao suicídio.

Em 65 d.C., Sêneca cortou os pulsos, na presença de amigos, no que foi seguido por sua esposa, Pompéia Paulina.

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