2 de setembro de 2011

Heráclito de Éfeso


Filófoso grego pré-socrático
c. cerca de 550 a. C., Éfeso (atual Turquia)
c. cerca de 480 a. C., Éfeso


[creditofoto]
O filósofo de Éfeso, em retrato de Johanes Moreelse (detalhe), pintor do século 17
Pouquíssimo se sabe sobre a vida de Heráclito. As informações que chegaram até nós se referem a seus próprios escritos e a antigas biografias, as quais nada mais são que inferências ou invenções usadas para ilustrar seu pensamento.

Descendente dos reis de Éfeso, colônia ateniense na costa da Ásia Menor, abriu mão do título honorífico em favor de seu irmão. Altivo, ele desprezou a plebe e hostilizou a nascente democracia em Éfeso, se recusando a escrever sua constituição.

Ao contrário da maioria dos filósofos antigos, Heráclito é geralmente visto como independente de escolas e movimentos, provavelmente um autodidata. Seus escritos conjugavam ciência, relações humanas e teologia. Apesar de influenciado por seus predecessores, ele foi crítico do pensamento vigente e chamava os poetas épicos de "tolos" e Pitágoras de "impostor".

Completamente dedicado às suas pesquisas e reflexões, escreveu, por volta de 490 a.C., uma obra que receberia depois o título de "Sobre a Natureza", da qual existem mais de 100 fragmentos que, por seu caráter enigmático, explicam por que seu autor recebeu o cognome de "Obscuro".

Heráclito é considerado por muitos estudiosos o pensador pré-socrático mais importante, por formular com veemência o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas transitórias.

Desapontado com seus conterrâneos, Heráclito se retirou ao templo de Artemis, onde teria depositado seus manuscritos como um legado à posteridade e para livrá-los da incompreensão da "maioria", que ele desprezava.
Fonte: UOL

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